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Filosofia e pensamento do Dr. Bach
Resumo extraído do livro “Cura-te a ti mesmo”

De acordo com o Dr. Bach, para se alcançar um verdadeiro equilíbrio devemos nos atentar para a nossa verdadeira natureza e considerar algumas verdades fundamentais, tais como:

 

 Os dois Aspectos do Homem

 

É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico, e que dos dois, o físico é infinitamente menos importante. 

 

As cinco verdades

 

1) O homem tem uma Alma que é seu verdadeiro Eu: um Ser Divino, um Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, embora templo terreno dessa Alma, é apenas o menor dos reflexos; que nossa Alma, nossa Divindade, que reside em nós e ao nosso redor; estabelece nossas vidas para nós, da maneira que Ela deseja e, conforme permitamos, sempre nos guia, protege e encoraja (...) 

2) Nós, como nos conhecemos neste mundo, somos personalidades aqui colocadas com o propósito de obter todo o conhecimento e experiência que podem ser conseguidos através da existência terrestre, de desenvolver virtudes de que carecemos e de eliminar tudo que está errado dentro de nós, avançando assim em direção à perfeição de nossas naturezas. 

3) A curta passagem por esta Terra, que conhecemos como vida, é apenas um momento no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida, e embora no presente possamos apenas enxergar e compreender esse único dia, nossa intuição nos diz que nosso nascimento encontra-se infinitamente longe de nosso início e nossa morte infinitamente longe de nosso fim. 

4) Enquanto nossas Almas estiverem em harmonia com nossas personalidades, tudo será alegria e paz, felicidade e saúde. O conflito surge quando nossas personalidades são desviadas do caminho estabelecido por nossas almas, seja por causa dos nossos desejos terrenos, seja pela persuasão de outras pessoas. Este conflito é a base da doença e da infelicidade. 

5) A unidade de todas as coisas, (...) o Criador de tudo é Amor e de que tudo aquilo de que temos consciência é, em seu número infinito de formas, uma manifestação do Amor, seja um planeta ou um seixo, uma estrela ou uma gota de orvalho, o homem ou a mais elementar forma de vida. (...) Deste modo, qualquer ação contra nós mesmos ou contra alguma outra pessoa afeta o todo (...)  

 

Os dois erros fundamentais dos seres humanos

 

Podemos ver que são possíveis dois grandes erros fundamentais: a dissociação entre nossas almas e nossas personalidades e a crueldade ou erro para com os outros, pois constituem pecados contra a Unidade. 

 

A regra básica do tratamento

 

É bom que afirmemos mais uma vez que, esteja a pessoa não muito bem ou tentando evitar a doença, seja esta curta ou longa, o princípio é sempre o mesmo: TRATE O PACIENTE. Trate o paciente de acordo com seu estado interior, de acordo com seu caráter, sua individualidade e você não errará. 

 

 O sentido da vida do Homem

 

Sob a orientação de nosso Eu Espiritual, nossa Vida Imortal, o Homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo sozinho, sem comunhão com o Espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas, quando há união, a vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento. 

Há um método bastante seguro para o alívio de todo sofrimento - a transformação do egoísmo em altruísmo. Se desenvolvermos suficientemente a qualidade de nos fundirmos no amor e no cuidado para com aqueles que estão ao nosso redor, alegrando-nos com a gloriosa aventura de alcançar o conhecimento e ajudar os outros, nossas tristezas e sofrimentos rapidamente chegarão ao fim. Este é o grande objetivo final: a perda de nossos próprios interesses no serviço da humanidade. 

Cada um de nós tem uma missão divina neste mundo e nossas almas usam nossas mentes e corpos como instrumentos para a realização dessa missão, de modo que, quando os três, alma, mente e corpo, trabalham em uníssono, o resultado é a perfeita saúde e a perfeita felicidade. 

Como Filhos do Criador, temos dentro de nós toda a perfeição e viemos a este mundo simplesmente para podermos perceber nossa Divindade. Deste modo, todas as provas e experiências porque passamos não nos derrubam, pois, através desse Poder Divino, tudo nos é possível. 

Aprender as lições da vida

 

Aprendemos lentamente, uma lição de cada vez, mas precisamos, se quisermos viver bem e felizes, aprender especialmente aquela lição particular que nos é dado por nosso Eu Espiritual. Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo. Um está dominando o orgulho; outro, o medo; outro o ódio e assim por diante, mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada. 

Qualidades e virtudes são relativas; o que é virtude em uma pessoa, pode ser uma falha em outra. Buscar apenas poder pode ser correto em uma alma jovem e não causa conflito entre a personalidade e o Eu Espiritual. Mas poderia estar fora de lugar, e portanto errado, num estágio mais avançado do discipulado, quando a Alma decidiu que a personalidade deve dar. (...) Uma qualidade em si mesma não pode ser julgada certa ou errada sem se considerar o estágio evolutivo do indivíduo. 

Não tenhamos medo de mergulhar na vida; estamos aqui para ganhar experiência e conhecimento, e pouco aprenderemos se não enfrentarmos a realidade e não dermos o máximo de nós mesmos. 

 

O verdadeiro conhecimento

 

Você só resolve suas dificuldades no mundo após estudar o que está ao seu redor e pensar calma e cuidadosamente, preparando-se para a iluminação que provém do interior. Todo verdadeiro conhecimento vem apenas de dentro de nós mesmos, através da comunicação silenciosa com a Alma. As doutrinas e a civilização roubaram-nos o silêncio, roubaram-nos o conhecimento de que sabemos tudo dentro de nós mesmos. Busque com seus sentidos e sua mente, mas a resposta virá de sua alma interior. 

Não à dominação. Precisamos aprender a desenvolver a individualidade segundo a orientação de nossa própria Alma, a não temer ninguém e a não permitir que interfiram ou nos desviem de nossa evolução, da realização de nosso dever e do auxílio aos nossos irmãos, pois quanto mais avançamos, mais nos tornaremos uma benção para os que estão ao redor. 

Nosso único dever é obedecer aos ditames de nossa própria consciência, que, em momento nenhum, deve tolerar o domínio de outra personalidade. É preciso que cada um se lembre que sua Alma estabeleceu para ele um trabalho particular e que, a menos que realize este trabalho, mesmo não conscientemente, haverá inevitavelmente um conflito entre a Alma e a personalidade, que necessariamente irá se expressar sob a forma de doença física. Ao permitimos interferência de outras pessoas, deixamos de ouvir os ditames de nossa alma e isso traz desarmonia e doença. No momento em que o pensamento de outra pessoa penetra em nossas mentes nos desviamos de nosso verdadeiro caminho.  

 

 

Qualidades da Alma a serem desenvolvidas

 

Amor, Compaixão, Paz, Firmeza, Prestatividade, Força, Compreensão, Tolerância, Sabedoria, Perdão, Coragem e Alegria.  

Ouvir a Alma.

Nossa alma (aquela voz interior) fala conosco através de nossa intuição, de nossos instintos, nossos desejos, ideais, gostos e desgostos comuns. Qualquer que seja a maneira é mais fácil para nós ouvi-la individualmente. 

Não devemos dar atenção à interpretação que o mundo faz de nossos atos. Somente nossa alma é responsável pelo nosso bem, por nossa reputação. Podemos descansar certos de que o único pecado que existe é o de não obedecermos aos ditames de nossa própria Divindade. Quanto mais nos libertamos das influências externas e de outras personalidades, mais nossa alma pode nos usar para realizar Sua obra. 

 

A simplicidade do método

 

(...) pontos importantes do tratamento com essas flores são (...) que, sem qualquer conhecimento médico, o seu uso pode ser compreendido tão facilmente que podem ser utilizadas no lar. 

Novamente para convencê-los de que não há necessidade de qualquer conhecimento médico na utilização dessas flores, posso dizer que nem mesmo o nome da doença é necessário. Não é a doença que importa, é o paciente. Não é o que o paciente tem. Não é a doença, por assim dizer, que é realmente importante tratar, porque a mesma doença pode apresentar sintomas diferentes em pessoas diferentes. 

 

Doença 

 

A doença, segundo a filosofia dos florais é o resultado do conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer aos ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual ou Superior e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos. 

De acordo com o estágio particular que estamos falhando, desenvolve-se no plano físico uma mentalidade definida, com seus consequentes resultados sobre nós e aqueles a nós ligados. É esta mentalidade que mostra ao curador a causa real do problema do paciente e lhe dá a chave para o tratamento bem sucedido. 

A doença serve para nos fazer parar de praticar ações erradas; é o método mais eficaz para harmonizar nossa personalidade com nossa alma. Deveríamos aprender nossas lições no plano mental, salvando-nos do sofrimento físico, mas muitos de nós não o conseguem. E assim a doença nos é enviada para acelerar nossa evolução. Embora possa parecer cruel de nosso ponto de vista estreito, é na realidade de natureza benéfica. É o método adotado por nossa própria Alma para nos trazer ao caminho da compreensão. 

A doença é única e puramente uma correção; não há nela nada vingativo nem cruel. É simplesmente o meio adotado por nossas Almas para nos apontar nossas faltas, para impedir que cometamos erros maiores, para evitar que causemos danos maiores, para nos trazer de volta ao caminho da Verdade e da luz (...) Sempre que cometemos um erro, ele re-age sobre nós, trazendo-nos infelicidade, desconforto ou sofrimento, de acordo com o erro cometido. 

A doença é o resultado do mau pensamento e da má ação; e cessa quando a ação e o pensamento são corrigidos. 

A doença nunca será totalmente curada pelos métodos materialistas, pela simples razão de, em sua origem, a doença não ser material. Aquilo que conhecemos como doença é o resultado final produzido no corpo, o produto final de forças profundas e de longa duração. E mesmo que o tratamento material seja aparentemente bem-sucedido, isso não é nada mais do que um alívio temporário, a menos que a verdadeira causa seja eliminada. (...) Em muitos casos, a recuperação aparente é prejudicial, uma vez que oculta do paciente a verdadeira causa de seu problema e, na satisfação da saúde aparentemente renovada, o fator real, ao passar despercebido, pode ganhar força. 

A doença em si mesma é benéfica e tem por objetivo trazer a personalidade de volta à vontade Divina da Alma; desse modo, podemos ver que é evitável, uma vez que, se pudermos compreender por nós mesmos os erros que estamos cometendo, e corrigi-los por meios espirituais e mentais, não haverá necessidade da severa lição do sofrimento (...) 

 

As doenças fundamentais do homem

 

As verdadeiras doenças fundamentais do homem são defeitos tais como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição. E se considerarmos cada um deles, veremos que são contrários à Unidade. Defeitos esses são as verdadeiras doenças (...) e a constância e persistência em tais defeitos, após termos atingido aquele estágio de desenvolvimento em que sabemos que são errados, precipitam no corpo os resultados prejudiciais que conhecemos como doença. 

As causas reais de doenças são: controlar os outros, medo, inquietude, indecisão, indiferença, fraqueza de caráter, dúvida, excesso de entusiasmo, ignorância, impaciência, terror, tristeza. 

O Diagnóstico

 

A partir da mentalidade dos pacientes, podemos descobrir o erro que estão cometendo e a falha particular da personalidade que os impede de manter o passo com o padrão evolutivo desejado pela Alma.  Paracelso e Hahnemann nos ensinaram a não dar muita atenção aos detalhes da doença e sim a tratar a personalidade, o ser interior, percebendo que, se as naturezas mental e espiritual estão em harmonia, a doença desaparece. 

Procure o conflito mental mais evidente no paciente, dê-lhe o remédio que o ajudará a superar tal falha, bem como todo o encorajamento e esperança que puder, e deixe que a virtude curativa existente no interior do próprio paciente faça o resto. 

Para acharmos a flor que necessitamos, não podemos ficar pensando na doença que temos: se é severa ou leve, se começou há poucas horas ou há muito tempo. Tudo o que temos que fazer é encontrar o que está errado em nossa natureza e tomar a flor correspondente. 

Todos sabem que a mesma perturbação pode apresentar conseqüências diferentes em diferentes pessoas. São estes resultados individualizados que precisam ser tratados, porque servem de guia para se atingir a verdadeira origem da doença. A mente, sendo a parte mais delicada e sensível do corpo, demonstra o estabelecimento e o curso da doença muito mais definidamente do que o corpo, de modo que o panorama mostrado pela mente é escolhido como guia para a escolha do remédio ou remédios necessários. 

Não é a doença que tem importância, é o paciente; a maneira pela qual fica enfermo é o guia verdadeiro para a cura. As alterações em nossas mentes nos guiarão claramente para o remédio necessário, quando o corpo mostra apenas uma ligeira alteração.

 

A doença de ontem, é de ontem e não tem importância agora. O que é preciso tratar é o estado atual do paciente, exatamente como está quando o vemos e mesmo que vejamos novamente numa semana vindoura, ele será outra vez um novo paciente. 

 

Antecipando à doença

 

O estado de ânimo não só nos orienta em relação ao tratamento a ser dado para aquela doença, mas também nos avisa com antecedência que uma doença está chegando, permitindo-nos impedir que venha materializar. Antes de quase todas as doenças surgirem, geralmente há um período em que não nos sentimos bem ou apresentamos alguma pequena alteração no estado de ânimo. Essa é a hora de tratarmos de nossos problemas, de nos reajustarmos e impedirmos que a perturbação prossiga. 

 

A Cura

 

A cura da doença pode ser encontrada pela descoberta do que está errado dentro de nós mesmos e pela eliminação da falha, através do desenvolvimento sincero da virtude, que a destruirá; não pelo combate do erro, mas pelo desenvolvimento da virtude oposta a um tal ponto que ele seja varrido de nossas naturezas. 

A cura final e completa vem de dentro, da própria Alma, que, através de sua bondade, irradia harmonia por toda a personalidade, quando se permite que assim seja. 

 

Passos para superar a doença

 

Nossa vitória sobre a doença dependerá: primeiro, da compreensão da nossa Divindade interior e de nosso poder conseqüente de superar tudo o que está errado; em segundo lugar, do conhecimento de que a causa básica da doença é a desarmonia existente entre a personalidade e a Alma; em terceiro, de nossa vontade e capacidade de descobrir a falha que está causando tal conflito e, em quarto lugar, da eliminação de tal falha pelo desenvolvimento da virtude oposta. 

 

A saúde

 

A saúde é nossa herança, nosso direito. É a completa e total união entre Alma, mente e corpo. Nossas Almas nos guiarão, se lhes dermos ouvidos, em todas as circunstâncias, em cada dificuldade. E a mente e o corpo assim dirigidos transporão a vida irradiando felicidade e perfeita saúde, livres de todas as preocupações e responsabilidades, como uma criança confiante. 

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